Vazio

Vácuo que se me atrela à alma,
E me deixa sem paz, sem calma.
E me põe o desejo a suspirar.

E me põe ante às margens de olhar,
E ver o nada que há aquém mar.
Acho que isso é falta de resposta.

Talvez, quando diz que gosta,
Decerto não goste. E se então mostra,
Que tem sentimentos, são tão frívolos.

Leitor não espere poema bonitinho,
Aqui só existe o vácuo e um copo de vinho,
Que Dionísio me impôs de embeber pela vida à fora.

Se Sentires Sinta

Eu não sei. Nunca sei.
Se soubesse como não sei,
Bleeding Heart. Fonte: Lilyvanilli.com
Decerto viria a saber de coisas
As quais nunca vou saber.
E responderia perguntas aquelas
Que não me possuem respostas.
E entenderia porquê raios você
Linda, inteligente e garota
Insiste em me vir ao presente
Das horas, sendo você o pedaço
Não sabido do passado.
Por quais razões você
Fantasmagoricamente me dá um aperto
Ao peito desperto, e perto de dor pungente
Eu busco ainda quiçá entender, somente,
Porque o amor não morre dentro da gente.

Bastou um sorriso.
Desfiz-me em pó
e (in)ventei-me pelo ar.
Leve, me espalhei por seus pelos e cabelos:
leve-me, agora sou teu.
Deixe-me sentir suas curvas, seu balanço,
adentrar suas intimidades
antes que a chuva nos separe
e eu escorra
- solitário -
por seu corpo molhado
de volta ao barro da criação.











Time of War VIII, 2013. Olivier Valsecchi

Miss take

Hoje eu vejo como errei, e como erro,
Mediante as atitudes às quais espero,
Simpson, Homer dizendo "D'oh!".
Fonte
: http://expatclaptrap.com
Sempre um resultado suficiente e bom.

Hoje vejo em cor e tom,
Que meus passos não estão,
Assim bem caminhados nesta busca.

E se por acaso me ofusca,
Os sentimentos e me sinto perdido.
Talvez a amar eu tenha desaprendido.

Ou mesmo entre alçares e declives.

O Fósforo



Queria ser mais que a pólvora do palito,
E deixar em nosso calor, escrito,
Todas as nuances de um bom amor.
E quem sabe em meio ao esplendor,
De todo o fósforo que se acende,
Tal sentimento em nós se rescende,
A dar asas a quem voar.
Queria, moncher, que disso tudo nada acabasse,
Nem a nossa chama do palito se apagasse.
Queria que em nosso calor fruto ousado encontrasse,
E horas virassem anos, pois que isso bastasse.
Queria, mafille, que fôssemos mais do que efêmeros palitos a queimar,
E que dentre nós houvesse além desse fátuo fogo a queimar.
Eu queria poder te encontrar. Contigo estar. Te tocar. Enchamar. Te encantar.
Queria pra sempre te amar.            

Apocalipse

Meu Deus, o que há de nós?
Simples seres desvairados procurando o amor de Gaia
Que tanto desprezamos
Milênios de histórias jogadas ao esquecimento
Porque nós, humanos
Nem por um momento
Pensamos no resultado
da nossa destruição falha...
Ai, Jesus, toda a minha vida
Pagando ao outro,
Para não ter nenhuma dívida
E agora me pego com uma eterna
Dúvida...
Ouço Hades a me chamar ao seu mausoléu 
A participar da festa de boas-vindas
Preparada com os sobras caídas
Do pasto dos anjos no céu.
Não há mais deuses a clamar
Pois a todos os panteões aos quais me dirigi
Sorriam com um riso ralo
"Onde está o seu salário?"
E estou perdido, desesperado
Olhando para o céu em chamas
Chamo, clamo
E sou ignorado
De Dyes a Zeus
Deus, Cristo, Lúcifer, Odin
E na terra, onde existia grama
Gaia chora, de sede,
No nosso fim.

Retried

I'd closed my eyes,
So let soul take flies,
 Through the deepest of mind,
Should be there own find,
Walking alone in the dark.
Playing with childrens park,
 Letting in the skin that mark.
 Showing to someone sadness,
And guessing still always loneliness,
Staring thoroughly the pitchy sky.
There where life have to die,
 In front of the quiescence sea.
Sipping a taste of nil tea,
And finally find itself.
A kiss to celebrate myself.
A hit to the ever done craziest poems in the world.
Wouldn't you catching a word?
Life is not to be comprised.
So non-sense poems, that's
I promised.
Eu fechei os meus olhos,
E deixei a alma voar,
Através das profundezas da mente,
Deveria lá estar minha própria procura,
Andando sozinha no escuro.

Jogando com o parque das crianças,
Deixando na pele aquela marca.
Mostrando a alguém a tristeza,
E adivinhando continuar sempre em solidão,
Contemplando minuciosamente o píceo céu.

Lá onde a vida tem que morrer,
Diante da quietude do mar.
Degustando o gosto do chá-de-nada,
E finalmente encontrando a si mesmo.
Um beijo para comemorar a mim mesmo.

Um golpe pelo mais louco poema já feito no mundo.
Não poderia você entender uma palavra?
A vida não é pra ser compreendida,
Então poemas sem-sentido, é o que prometo.